Dia e Hora

sábado, 31 de maio de 2008

Vivendo em sociedade.


Ás vezes andando pela rua e pensando no que as pessoas pensam me vêm a mente a imagem de que será que alguém pensa no que pensamos?

Confuso? É, deve ser.

Porque paramos tanto para pensar no que os outros estão pensando das nossas atitudes e de nossos movimentos? Será que deveríamos somente nos concentrar em nossos pensamentos e esquecer de tudo como se vivêssemos sozinhos?

Somos seres de caráter de vivência social, tal como as formigas e cupins. Mas alguns dizem que eles não pensam, logo não devem caracterizar ou denotar uma pessoa de alguma forma. Não tão distante deles, estamos nós supostamente dotados de uma sabedoria incomparável e um pensamento sem precedentes racista e agressor. Fico imaginando quando estávamos no colégio e éramos crianças felizes, puras e inocentes (coisa que já não se observa nos dias de hoje), imagino quantas coisas rudes e inescrupulosas dissemos a uma pessoa que nem se quer conhecíamos e assim quantos traumas causamos a esta pessoa, quando hoje ela nem consegue se expressar em público apesar de seu talento escondido em algum lugar entre o medo e o susto.

E tento imaginar como seriam as formigas se comunicando com as outras: Há! Olha sua bunda (abdome) que pequenininha! Faltou comer açúcar aí ou ficou muito tempo sentada no formigueiro?! E ririam a doidado com suas mandíbulas batendo, enquanto saboreavam um pedaço de bolacha no chão.

Enquanto, nós diríamos: AE seu pega ninguém frouxoooo! Deve ser boiola esse otário! E alguns ririam tentando esconder os sentimentos, enquanto outros ignorariam.

Mas uma formiga não se sente pior ou melhor por ter 126cm de bunda (abdome, abdome), enquanto todos os coleguinhas que um dia magoamos ou nos magoaram se sentirão péssimos e infelizes, tal como desmotivados a continuar tentando melhorar e alcançar objetivos para que possam demonstrar que mesmo come sta fraqueza alcançam grandes patamares.

De que adianta vivermos num mundo de contato social? Se temos medo de aceitar a vida como ela é, nossas desfunções e vantagens como recebemos de variações genéticas esquecidas em um eppendorf qualquer?

Não venho apelar para que isto pare, venho apelar para que possamos abrir os olhos e ver que nossos defeitos não deveriam ser subjulgados mas que sim deveríamos admitir uma derrota e vencer uma nova batalha, não nos condenarmos a lamentar o que nos precede, mas continuarmos vivendo e acreditando no que podemos ser.